Presidente da Alta fala sobre o Lago Tarumã

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Um tema pulsante na cidade é a situação do Lago Tarumã, um reconhecido patrimônio ambiental, turístico e cultural de Viamão, refúgio de vida silvestre, com nascentes de água no seu entorno, local de lazer ecológico e de diversos eventos artísticos. Funcionário da Corsan e gestor público, nascido, criado e morador de Viamão, Luiz Henrique Feijó Machado, o Ico, traz a sua visão do que ocorre no Lago Tarumã, ele que exerce o cargo de presidente da Alta – Associação dos Moradores do Lago Tarumã.

O que é a Alta?

Trata-se de uma opção dos moradores do entorno do Lago Tarumã, a partir de novembro de 2019, que resolveram se organizar, inicialmente para fortalecer a causa da preservação do Lago Tarumã, bem como da manutenção e segurança na Rua João Viale Dias.

Como, na visão dos moradores diretamente afetados, explicar o que ocorre com o Lago Tarumã?

Estamos de luto, tristes, esgotados e sem uma perspectiva real de solução, mesmo que ela exista. Há recursos financeiros, há soluções técnicas levantadas, há apelo do conjunto da sociedade, mas não há uma iniciativa adequada que enfrente o esgoto entrando no Lago, os aguapés o cobrindo, o dano às margens, ao ecossistema, a natureza sendo assim agredida. O que ocorre é um descaso geral.

De quem é a responsabilidade?

É de toda a sociedade. Todos devem ter responsabilidade e um convívio saudável com a natureza. Mas há uma responsabilidade digamos mais direta que recai à prefeitura municipal.

O que a prefeitura deveria fazer, na visão dos moradores?

Dentro do que tiramos na diretoria da associação e em assembleias gerais, poderia resumir que urge um diálogo do poder público municipal para resolver com a Cidade, sobre o tema, é preciso decidir a partir de uma responsabilidade ambiental, reconhecendo a necessidade de preservar o Lago Tarumã. Claro que se inclui o exercício de tratar do assunto com a nossa associação de moradores.

O que a Alta teria a dizer ao Prefeito?

Bom, o secretário de Meio Ambiente nos disse que iríamos ter essa reunião. Além de considerar a manifestação do Prefeito, nossa mensagem seria no sentido de apresentar nossos estudos técnicos, as tratativas que vínhamos tendo com a prefeitura, nossa contribuição quanto às propostas que surgem para o Lago Tarumã e de firmarmos um compromisso de começar pelo inadiável, ou seja, iniciar já a despoluição e a manutenção permanente.

Ico conclui dizendo:

Não há solução de interesse público sem entendimento, é preciso superar visões de grupos ou de setores específicos. É importante o espaço do diálogo. É preciso tratar o Lago Tarumã não como um mero negócio em potencial, mas como um dos tantos exemplos de riqueza natural que dão identidade a nosso Município. É a natureza que clama pelo respeito e responsabilidade das pessoas.