No dia 16 de agosto, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realizou audiência pública para tratar do bloco 1, onde estão as ERSs 118 e 040, do projeto Avança Rio Grande para debater concessões de praças de pedágios do Governo do Estado. Os trabalhos foram coordenados pelo deputado Eduardo Loureiro e teve como proponentes os deputados Issur Koch e Tiago Simon, além da participação de representantes do Governo do Estado, prefeitos, vereadores e lideranças de entidades representativas como a Fetransul, Federasul e CDL Viamão. Após as manifestações dos representantes políticos, todos com algumas observações estruturais e de metodologia sobre a aplicação deste projeto que prevê a criação – ou deslocamentos – de praças de pedágio na região metropolitana, litoral e de Gramado e Canela, por 30 anos, foi aberto às manifestações dos representantes das entidades. Na fala do coordenador do Movimento RS 118 Sem Pedágio, Darcy Zottis, ficou claro o descontentamento das entidades representativas com a tentativa do governo estadual de colocar uma praça de pedágio em zona urbana como é o caso da ERS-118, pois a iniciativa pode atrasar ainda mais o desenvolvimento dos municípios de Alvorada e Viamão, justamente os dois que mais precisam de investimentos e iniciativas de atração de novas empresas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Falando em nome das entidades viamonenses, o presidente da CDL Viamão, Milton Pires, destacou negativamente o curtíssimo tempo que as comunidades impactadas com as possíveis novas praças em suas cidades, ou em cidades vizinhas, estão tendo para debater e entender internamente o custo destas obras sobre as economias locais. Milton relatou a experiência traumática que os viamonenses tiveram, e ainda têm, com a praça de pedágio da ERS-040, que dividiu o município, onde a concessionária anterior, após explorar a via por mais de uma década, nunca entregou nada ao município que justificasse sua existência. “Lamentamos esta urgência do Governo do Estado em realizar este projeto de pedagiamento sem a correta discussão com as comunidades envolvidas. Preciso dizer que as entidades de Viamão são contra a criação de mais uma praça de pedágio em vias que cortam o município. No caso da ERS-118 é um verdadeiro absurdo pretender pedagiar uma via urbana, utilizada por milhares de trabalhadores de Viamão e de municípios vizinhos, e para a circulação de mercadorias e de serviços, sem se levar em conta o tamanho do atraso econômico que isso possa representar para Alvorada e Viamão. Precisamos sim é de investimentos, indústrias, possibilidade de novos empregos e de serviços, não de pedágio”, finalizou Milton Pires.