Estamos no Janeiro Roxo, mês criado em 2016 e tem o último domingo do mês como data símbolo. Nesse dia é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. O Brasil apresentou 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. Sendo assim, o Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial da Saúde, Sr. Yohei Sasakawa idealizou uma campanha mundial Don’t Forget Hansen’s Disease”, doravante denominada “Não Esqueça da Hanseníase”, comprometendo-se junto a parcerias promover a conscientização sobre a Hanseníase.
A Hanseníase – A Hanseníase é uma doença infecciosa de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, micro-organismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois pode ser tratada e curada. A Hanseníase é transmissível através da respiração. Mas esse contágio tem algumas características especiais: a pessoa com a doença, sem tratamento e na forma transmissível da doença e um convívio prolongado com esse indivíduo.
Tão logo seja iniciado o tratamento a doença deixa de ser transmissível. É por isso que é importante diagnosticar a doença logo no início. Ninguém que tenha a doença precisa se afastar da sociedade, nem deixar de trabalhar ou ficar perto de sua família. A maioria da população adulta é resistente à Hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos. Os sinais e sintomas da Hanseníase estão localizados principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas.
A Hanseníase tem cura – Os portadores da doença que até a década de 70 eram excluídos do convívio social e condenados ao confinamento em colônias, hoje recebem remédios de graça e se tratam em casa, com acompanhamento médico nas unidades básicas de saúde. O tratamento dura, em média, entre seis meses e um ano. Mas o caminho até a eliminação em nível nacional é longo. É necessária a mobilização da sociedade, formação adequada de profissionais de saúde e empenho dos governantes na avaliação de Artur Custodio, coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela hanseníase (Morhan), entidade com mais de duas décadas de atuação e 100 grupos de voluntários em todo o país. Quer saber mais?
ATENDIMENTO ONLINE – http://www.sejalive.com.br/atendimento_cliente/atendimento/index/6868. Site Morhan Nacional – http://www.morhan.org.br/sobre_hanseniase.
Tele Hansen – 0800-026-2001. Magda Chagas – Coordenadora da Rede Universitária de Combate à Hanseníase no RS