Muito tem se discutido o trecho do Hino Rio-Grandense “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. Uma parte da letra de um dos principais símbolos de nosso Estado que vem servindo erroneamente de bandeira por grupos mal-intencionados que se consideram os donos da verdade ao buscar um revisionismo histórico deturpado de nossos valores.
O Hino do Rio Grande do Sul muito nos honra e é assertivo quanto às origens e virtudes de nosso povo que não se curvou e não se calou sem enfrentamento. Pois, ‘foi o 20 de setembro o precursor da Liberdade’.
Em 20 de setembro de 1835 iniciou-se a Guerra dos Farrapos, o mais duradouro conflito armado da história do Brasil que resultou em um movimento de luta pela liberdade e soberania do Rio Grande do Sul. Data lembrada no hino por imortalizar uma das mais importantes passagens da história do Rio Grande do Sul, um marco da formação social e política do Estado.
Nosso hino não tem nenhum traço de racismo ou discriminação. Refere-se sim, ao contexto em que nossa terra atravessava na época em que foi feito. A população gaúcha passava por uma guerra contra o governo imperial do Brasil, num momento em que o Rio Grande do Sul era escravizado pelos altos impostos e desmandos da coroa portuguesa.
O Hino Rio-Grandense, que foi concebido pelo Maestro Joaquim José de Mendanha, um homem negro, com letra de Francisco Pinto da Fontoura, o Chiquinho da Vovó, não trata de cor de pele. É muito claro sim, ao falar na submissão e superação ao tratamento a que nosso povo estava sendo submetido.
O tema do racismo não pode ser tratado tão levianamente ao ponto de nossos símbolos servirem de instrumento no arrebanhamento de público para atrair os holofotes da mídia. Assim a política caminha nos últimos anos. Distorções de fatos e destruição de valores.
Tudo servindo apenas ao propósito de inflamar a convivência com o mero objetivo de ampliar rupturas e criar discórdia. Não vamos nos calar diante da infâmia que tenta atingir valores de nossa história e que busca impor a distorção da verdade. O sangue farrapo corre em nossas veias e está em nossa identidade. Não vamos ser escravos da esquerda!
Capitão Martim – Deputado Estadual do Republicanos