População quer mudar local de presídio em Viamão

Política Segurança

A construção de um presídio estadual em Viamão segue gerando polêmica no município. A construção foi anunciada em junho na tentativa do governo gaúcho minimizar o caos no sistema prisional. Em Viamão, o novo presídio poderá abrigar 430 detentos, mas há contrariedade da população quanto aos locais apontados para a casa prisional. Por conta disso, o secretário chefe da Casa Civil, Fábio Branco, recebeu no Palácio Piratini, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto (PT), e comitiva de Viamão composta por vereadores e representantes de comunidades do município. A reunião, por intermédio do presidente Pretto, serviu para tratar da questão que envolve duas áreas em Viamão que foram apontadas para receber a obra anunciada pelo Governo do Estado. Uma é o Distrito de Itapuã, a outra no local onde funcionava a empresa Fepagro, próximo ao Autódromo de Tarumã. As duas áreas são consideradas de turismo e uma delas de preservação com área indígena. A construção é rejeitada por moradores sob a alegação de que o Executivo municipal não discutiu a realização da obra e nem levou em consideração a discordância de empresários, já que os locais são contemplados com espaços de turismo e atraem visitantes. Segundo eles, o critério de localização é uma certidão de óbito para o município, já que as regiões destinadas para a futura obra faz parte da área de expansão urbana natural de Viamão, e nos locais terão novos condomínios, novos negócios e outros investimentos. Foi reivindicado ao secretário Fábio Branco que o governo colabore na mediação do debate entre o Executivo municipal e a população, e que outro local seja destinado para receber o presídio. Segundo os vereadores, há o entendimento da necessidade da construção de novos presídios, mas que o processo passe pela aprovação dos moradores das regiões.

Eles também entregaram abaixo-assinado com oito mil assinaturas, na maioria de pessoas favoráveis à construção de presídio no município, mas contrários aos locais definidos sem discussão prévia. O chefe da Casa Civil se comprometeu em ouvir os dois lados e discutir o assunto com o secretário de Segurança Cezar Schirmer. Após, deve se pronunciar sobre a possibilidade ou não de discussão sobre um novo local. Participaram da reunião os vereadores Adão Pretto Filho (PT), Rodrigo Pox (PDT) e Guto Lopes (PSOL), além do advogado Luiz Antônio Beck, do cacique da área indígena Arnildo Moreira, Vera Guimarães e Carlos Krieger.

 

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