Há meses estamos dialogando com a população, lojistas e lideranças da cidade, tentando entender o objetivo do governo do Estado em relação a uma praça de pedágio na ERS 118. Uma via urbana, de ligação entre vários municípios que dividem seus limites e comunidades um com outro. Dividem a mão de obra (empregos) e prestação de serviços, empresas e produtos que não observam demarcações convencionais, tornando a região com características únicas e peculiares.
Então quando o governador tenta capitalizar o Estado, através de pedágios, colocando cancelas entre os municípios desta região que se utilizam da ERS 118, ele comete um erro gigantesco, ainda mais quando esta possível cancela é proposta entre Gravataí e Alvorada, cercando também o município de Viamão, deixando de fora da perspectiva de desenvolvimento e atração de empresas – leia-se possibilidade de empregos e melhoria da qualidade de vida – os dois município de menor PIB da região metropolitana, e que estão entre os dez mais pobres do Estado do Rio Grande do Sul. Será que alguém alertou o governador? Além de desnecessário, neste momento, este pedágio é injusto em todos os sentidos.
Lembramos que boa parte desta via foi recentemente duplicada, de Sapucaia do Sul até quase o limite com Alvorada, a altos custos, pagos com o dinheiro dos gaúchos e que demorou mais de 20 anos para ser entregue parcialmente, e que restam apenas 16 km para sua conclusão até a ERS 040 em Viamão. Por tanto, é uma via remodelada com o dinheiro público, que agora o governo do Estado quer transferir a outra conta de um pedagiamento por trinta anos. Sim, trinta anos, para os dois municípios mais carentes da região.
Não é justo! Para não dizer imoral. “Por isso tudo, o Movimento RS 118 Sem Pedágio, a CDL Viamão e demais entidades representativas ligadas a FEDERASUL, vem alertando as lideranças políticas do Estado, de que não aceitaremos que arranjos políticos e decisões de gabinete afetem a vida de milhares de trabalhadores e empreendedores de Viamão e Alvorada. Levaremos este debate até as vias jurídicas, se necessário, e também apontaremos à população destes municípios os agentes políticos que tentam condenar estas duas cidades aos ostracismos do desenvolvimento”, afirmou Milton Pires, presidente da CDL Viamão. Viamão e Alvorada precisam de atração de empresas, precisam de desenvolvimento, empregos e a perspectiva de melhor qualidade de vida, não de pedágio!