Importância estratégica da ERS-118

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Em meio à enchente histórica que assola o RS com tantas perdas de vidas, lares e empreendimentos, em meio ao caos logístico instalado, é gritante a importância da ERS-118, única via preservada de acesso à capital.

A BR-116 trecho Porto Alegre-Novo Hamburgo, a BR-290 trecho Porto Alegre-Gravataí e a ERS-118 trecho Esteio-Viamão formam nosso “anel metropolitano”, urbano, estrutural e estratégico, de tráfego pendular, doméstico e diário, para trajetos curtos. Principal corredor viário responsável pela mobilidade da capital e Região Metropolitana.

A BR-116 nunca foi pedagiada neste trecho. A BR-290 era pedagiada, grande erro, corrigido com sensibilidade e sabedoria pelo Governo Federal. Nosso governador já se comprometeu formalmente em não pedagiar a ERS-118, pelos mesmos motivos, porém solicitou estudos para pedagiamento Free Flow, que criam intranquilidade, insegurança e fuga de investimentos e empregos, o que é particularmente perverso, pois Alvorada e Viamão, cidades dormitórios e piores PIBs do RS, carentes de investimentos, formam o maior cinturão de pobreza e criminalidade do RS. Pela 118 circulam diariamente milhares de pessoas, produtos e serviços.

Houvesse ouvido os argumentos das entidades empresariais, prefeitos, da Granpal, vereadores, dos nossos deputados estaduais, das lideranças empresariais e políticas, e das comunidades da região, já estaria em curso a duplicação do trecho simples da rodovia, de Gravataí a Viamão. Falamos de uma obra de apenas 16 km.

A ERS-118, em meio à tragédia que vivemos, se transformou no “corredor humanitário” que atende a capital e a Região Metropolitana. Ambulâncias, viaturas do corpo de bombeiros, defesa civil, polícia civil, polícia federal e força nacional de segurança têm usado a rodovia constantemente, abrindo caminho em meio ao congestionamento com suas sirenes. É impactante a cena.

E junto vem os caminhões com suprimentos e doações, tornando caótico o tráfego. Horas para percorrer trechos que se fazia em poucos minutos. É urgente a elaboração do projeto e a execução desta obra. Trata-se de trecho plano e com boa topografia, obra de valor razoável, mas de grande importância, entre as prioridades logísticas do RS. Hoje, senão a principal.

Obra que dará retorno em pouco tempo dado o desenvolvimento que esta rodovia trará à região, gerando investimentos, impostos, empregos e renda. É fato que catástrofes climáticas tem se tornando cada vez mais frequentes no RS.

O Governo do Estado (trata-se de rodovia de competência estadual) tem de executar urgentemente esta operação de alargamento, sob pena de ser responsabilizado pelos acidentes, pela falta de segurança dos usuários e por danos econômicos e sociais. O alargamento imediato e emergencial da ERS-118 é urgente e vai salvar muitas vidas. Darcy Luiz Zottis Filho – Coordenador Movimento RS 118 Sem Pedágio.

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