Audiência pública contra o pedágio na ERS 118

Política

Na noite do dia 29 de junho, na Câmara Municipal de Viamão, foi realizada uma audiência pública para debater a instalação do pedágio na ERS 118, conforme anunciado pelo governador Eduardo Leite. A Frente Parlamentar Contra o Pedágio na ERS 118 iniciou em Gravataí e a primeira audiência pública em Viamão foi presidida pelo vereador Rodrigo Pox (PDT). O evento foi marcado pela participação de representantes de entidades ligadas ao comércio, vereadores, ex-vereadores e público em geral. O Movimento RS 118 Sem Pedágio foi criado por entidades ligadas ao setor produtivo, lideranças políticas e empresariais e pelas comunidades envolvidas. A articulação do movimento iniciou em maio com os diretores das associações comerciais, industriais e de serviços, filiadas a Federasul, e CDLs, de Gravataí, Esteio, Sapucaia do Sul, Nova Santa Rita, Cachoeirinha, Glorinha, São Leopoldo e Alvorada. O presidente da Frente Parlamentar de Viamão contra o pedágio, vereador Rodrigo Pox, destacou que o pedágio impactará os comerciantes, trabalhadores que precisam fazer o deslocamento utilizando a rodovia. “Estamos antecipando este assunto, com debates, porque é algo que acarretará dificuldades para aquelas pessoas que usam a ERS 118 diariamente. Ou seja, a criação da Frente Parlamentar tem a finalidade de defender as pessoas que utilizam a rodovia e, de alguma forma, amparar aquele pequeno comerciante, produtor rural, que serão os mais prejudicados”, disse o vereador Pox. Na ocasião, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL de Viamão, Milton Pires, manifestou-se na tribuna sobre o assunto. “Estamos nesta sessão especial para demonstrar o desagrado com o cerceamento de Viamão. Assim como a praça de pedágio na ERS 040, que atravancou a nossa cidade, esse pedágio na ERS 118 desagrada demais. Viamão carece de desenvolvimento, oportunidades, por isso a CDL, juntamente com as demais entidades, junta-se ao Movimento ERS-118 Sem Pedágio, para dizer não”, falou Milton, que ainda explicou que a criação da praça de pedágio na ERS 118 acarretaria em dificuldade aos moradores que utilizam diariamente a rodovia. “Viamão é um celeiro de mão de obra para outras cidades da região metropolitana. São 60 mil pessoas que saem de Viamão para outros municípios diariamente. É inadmissível que tenhamos essa praça na 118, sem antes haver uma discussão com a população. Precisamos de mais esclarecimentos, posicionamento dos líderes políticos do que significa esse pedagiamento. Estamos dizendo não ao pedágio, porque a nossa cidade cercada vai barrar o investimento de empreendedores que viriam para Viamão”, finalizou o presidente da CDL. O coordenador do Movimento ERS 118 Sem Pedágio e diretor regional da região metropolitana da Federasul, Darcy Zottis Filho, falou sobre o que representa o movimento. “O movimento foi criado dentro da Federasul, no ano passado, quando observamos que já existia a possibilidade de pedagiamento em algumas regiões. Foi formado por todo o estado, começou nos municípios e associações comerciais da região metropolitana, e nós já conseguimos com a nossa mobilização, retirar uma das praças de pedágio. O projeto contemplava duas praças, uma na divisa de Cachoeirinha e Sapucaia do Sul e outra em Viamão. A primeira praça foi bastante falada e através do movimento foi onde o governo estadual recuou e conseguimos barrar a instalação, foi uma vitória. Enxergo Viamão e Alvorada com mão de obra em abundância e qualificada, as empresas teriam interesse de vir para cá. A nossa mobilização é importante para não haver o desestímulo ao emprego e ao investimento”, salientou Zottis. O presidente da Frente Parlamentar Contra o Pedágio, Rodrigo Pox, finalizou destacando a mobilização. “Nós que estamos engajados nessa luta, acreditamos que a mobilidade é fundamental para o desenvolvimento econômico e social das cidades, atrai investimentos, gera emprego e renda. Imagina os transportadores de cargas que utilizam a 118, quem vai pagar o preço? O consumidor final. Por isso estamos debatendo e promovendo uma série de reuniões para enxergamos o real impacto que esse pedágio trará para Viamão e cidades do entorno”, finalizou Pox.