No dia 15 de agosto, em sessão plenária, foi aprovado o projeto de lei 72/2023, de autoria do vereador Luisinho do Espigão, que reconhece o grupo de “Cavaleiros Guardiões da Chama” como patrimônio cultural e imaterial de Viamão, portadores de referência à identidade, à ação e à memória da cultura Gaúcha.
O projeto expõe que o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, apoiando e incentivando a valorização e a difusão das manifestações culturais.
O grupo de Cavaleiros Guardiões da Chama, criado em 2009, destina-se a conduzir a centelha da chama crioula oficial do Estado do Rio Grande do Sul até a cidade de Viamão, para dar início às atividades comemorativas à Semana Farroupilha.
“O objetivo é não deixar que a Cultura de nosso município seja esquecida, resgatando as tradições e, principalmente, homenagear nossos Heróis Farroupilhas, trazendo uma Centelha da Chama ao nosso município para fortalecer a esperança e a dignidade do nosso povo”, afirma Luisinho do Espigão.
O vereador completa que o grupo recebe apoio logístico do Poder Executivo municipal para seus deslocamentos, preservando os usos e costumes autênticos do gaúcho, organizado e conservador de suas origens, com zelo pelas tradições do Rio Grande.
Os Guardiões já buscaram a Centelha de Chama em vários municípios, como Taquara, Venâncio Aires, Santo Amaro, Cruz Alta, Chuí, Triunfo, Mostardas, Iraí, Tenente Portela, Canguçu e Cristal.
Conforme justificativa do projeto, a tradição começou em 1947, quando os tradicionalistas Paixão Côrtes, Cyro Ferreira e Fernando Vieira retiraram uma centelha do fogo simbólico da pátria e acenderam o primeiro candeeiro crioulo, em Porto Alegre, representando a coragem, a união dos povos e o amor do gaúcho pela sua terra.
A primeira corrida do fogo simbólico no Brasil foi realizada em 1937, no Rio Grande do Sul, e teve como ponto de partida a igreja de Viamão, com chegada à Pira da Pátria, no parque Farroupilha em Porto Alegre.
