Voto evangélico: uma questão de consciência

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Estamos no período da campanha eleitoral e mais uma vez se levanta a questão da influência do chamado voto evangélico. Creio que haverá um grande número de candidatos a vereadores nos diversos municípios brasileiros que buscarão se apresentar como representantes do pensamento evangélico. Aproveito para compartilhar o comentário de Tim Keller, acerca de liberdade de consciência na política, que causou polêmica no Twitter. Tim Keller é o pastor fundador da Igreja Presbiteriana Redentora em Nova York, um autor best-seller, e um renomado apologista. “A Bíblia une minha consciência a cuidar dos pobres, mas não me diz a melhor maneira prática de fazê-lo. Qualquer estratégia em particular (altos impostos e serviços governamentais versus impostos baixos e caridade privada) pode ser boa e sábia e pode até ser um pouco inferida de outras coisas que a Bíblia ensina, mas eles não são diretamente comandados e, portanto, não podemos insistir que todos os cristãos, por uma questão de consciência, sigam um ou outro. A Bíblia liga minha consciência a amar o imigrante, mas não me diz quantos imigrantes legais admitem aos EUA todos os anos. Não prescreve exatamente a política de imigração. Os partidos políticos atuais oferecem um potpourri de diferentes posições sobre esses e muitos outros tópicos, a maioria dos quais, como apenas observou, a Bíblia não fala diretamente. Isso significa que quando se trata de tomar posições políticas, votar, determinar alianças e envolvimento político, o cristão tem liberdade de consciência. Os cristãos não podem dizer a outros cristãos que ‘nenhum cristão pode votar em…’ ou ‘todo cristão deve votar em…’ a menos que você possa encontrar um comando bíblico para esse efeito”.

Rev. Luiz Corrêa – Filósofo, Logoterapeuta e Humanitarista. Vinculado à Apostolic Faith Mission of South Africa e coordena Projetos Humanitários em Angola e Moçambique.