Pandemia, saúde mental e criatividade

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Manter a saúde mental diante a pandemia parece não ser tão simples assim devido às condições, especialmente, de isolamento, distanciamento, dos medos e incertezas que podem vir a trazer sintomas ansiosos e depressivos. Deparar-se com a condição de liberdade privada é deveras angustiante, uma vez que o ser humano é um ser gregário e tem a necessidade de viver em sociedade em contato com os seus semelhantes. Toda via, a sensação de medo, explícita no olhar de muitas pessoas, gera uma atitude reativa com reações emocionais, por vezes, descompensadas, logo dificultando as relações. E a ambiguidade de sentimentos oriundos da incerteza está sendo impactante. Afinal, como ficará a vida profissional, a escola dos filhos, a saúde das pessoas? 

A saúde mental é dimensionada por diversos requisitos como o seu bem estar, sua potencialidade, sua capacidade de reagir, sua relação com as pessoas. Como enfrentamento, devemos nos atentar a esses diversos aspectos da vida e sair da chamada “zona de conforto”, encarando o medo de frente, transformando-o como positivo e não em sentimentos limitantes. O medo nos força a mudar e sermos criativos, logo uma postura importante nesse momento. Os meios tecnológicos tem se mostrado um excelente exemplo de inovação, seja pela descoberta de novos respiradores, como uma maneira de aproximar as pessoas pelas imensas possibilidades. Usar das tecnologias para se unir às pessoas é um ótimo recurso, mas lembre-se de usar “com moderação”, porque precisamos usufruir desse tempo de isolamento para novas experiências. Quem sabe aprender uma nova receita, fazer leituras interessantes, aprender um artesanato. Por tanto, para manter nosso equilíbrio emocional esse é o momento de buscar o que se tem de melhor dentro de si e de se reinventar, de criar, agir, sair do modo standby. Ser criativo proporciona um ambiente saudável e é essa atmosfera que dará a condição de nos mantermos com os pés no chão e distante de condições tóxicas que afetam nossa saúde mental.

Berenice da Rosa Spader – Psicóloga 

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