Sindicato Rural trata de alternativas de pastagens

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Recentemente, o Sindicato Rural de Viamão e Alvorada fez um dia de campo sobre alternativas de pastagem juntamente com a Atlântida Sementes. “Essa alternativa é bastante interessante do ponto de vista técnico por permitir reduzir os riscos de incidência de chuvas sobre material cortado no campo durante a fase de secagem, pois esse período fica restrito – dependendo das condições climáticas e das características morfológicas da planta forrageira – a uma ou duas horas de duração”, explicou o presidente do sindicato, Roberto Canquerini. O presidente disse que, quem produz feno sabe que esse curto período de tempo é uma vantagem prática muito grande, contudo, pelo fato da matéria seca desse material (normalmente de 40 a 60%) ser muito inferior ao utilizado pelo método de preservação como feno (> 85% MS), há formação de um ambiente favorável ao crescimento de microrganismos, ou seja, a umidade presente no material não impede que bactérias, fungos ou leveduras cresçam abundantemente. “Isso pode tanto ser benéfico à conservação do produto como deteriorá-lo. Após o material ser enfardado, da mesma forma que fazemos para produzirmos fardos de feno redondos ou cilíndricos, precisamos envolvê-lo com um filme plástico para que a condição interna do fardo seja de anaerobiose (ausência de oxigênio) e, portanto, haja uma fermentação similar à encontrada nos silos quando produzimos silagens convencionais de capins, milho, sorgo ou girassol. No entanto, em silagens convencionais o teor de matéria seca ideal está entre 30 a 35%, abaixo dos valores normalmente encontrados em materiais pré-secados. Isso significa que as bactérias lácticas não vão encontrar um ambiente muito favorável ao seu crescimento para transformarem açúcares solúveis presentes na planta em ácidos orgânicos e, consequentemente, baixar o pH e preservar o material enfardado”, concluiu Canquerini.